terça-feira, 15 de setembro de 2009

Crítica: Arnaldo Antunes: Iê Iê Iê

Poucos compositores brasileiros têm tanta habilidade com letras quanto Arnaldo Antunes, e seu expertise nessa área é tão incrível que mesmo ele não sendo um grande cantor (apesar de sua abençoada “voz de petróleo”, como bem definiu meu amigo Thiago E, do Validuaté, a quem o trabalho de Arnaldo Antunes é uma influência inegável), suas música são uma experiência ímpar na “nossa música brasileira”!

Iê Iê Iê, seu novo disco, traz de volta um Arnaldo Antunes vigoroso, quase adolescente de tão energético. A produção de Fernando Catatau (Cidadão Instigado, que também lançou recentemente um novo álbum, Uhuu!) é uma presença notável. O disco traz um espírito guitarreiro e uma sonoridade setentista típica dos trabalhos de Catatau.

As novas música pouco exploram da “voz de petróleo” e vão muito mais nos agudos meio capengas de Arnaldo Antunes, mas isso nem de longe é demérito ao disco, pois casou-se tão bem com os arranjos e as letras são tão fortes, que isso passa tranquilo! Destaques para a música título do álbum, que brinca com a celebrização da mídia (ele já pode também!); A Casa é Sua, uma balada incrivelmente bonita (fiquei morrendo de vontade de pegar o violão e tentar aprender!); Envelhecer, que tem uma das letras mais bonitas que já ouvi (“Não quero quero morrer, pois quero ver como será que deve ser envelhecer[...]e quando eu esquecer meu nome que me chamem de velho gagá!”); e Sua Menina e Meu Coração, também baladas (claro, com muito mais subtância que a média!).

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