sexta-feira, 23 de abril de 2010

Popsciência: Receita para se consumir um ídolo pop

Quem quer comprar um ídolo? Tem pra todos os gostos. Existem atualmente muitos astros pop, das mais variadas vertentes e dos mais variados comportamentos. Cada um vende uma determinada imagem para um determinado grupo que o consome. Headbangers, emos, punks, clubbers, tecno-bregas, forrozeiros, teens e outras espécies que habitam o universo pop chamam atenção por sua indumentária, ideologia e comportamento. Claro que cada um com sua particularidade. Uns não comem carne, outros não transam, outros transam demais, outros apenas falam que transam demais, uns alisam o cabelo, outros não tem o senso do ridículo e saem pela rua provocando uma imensa poluição visual. Palavrões, cusparadas, biquinhos, camisas suadas (para não dizer fedidas), homofobia, unilateralidade, fumo, alcoolismo, abstinência e vegetarianismo coexistem, mesmo que de maneira forçada, dentro de todos os ambientes e classes sociais. Cada subgrupo tem certeza de que sua ideologia é melhor que a do restante. Boas ou ruins, são essas peculiaridades que atraem e fascinam os mortais que veneram o mundo pop. Mas algumas características podem ser aplicadas a diferentes segmentos da indústria musical, afinal, se um forrozeiro do naipe de Berg Rabelo, por exemplo, usa uma camiseta dos Sex Pistols, então não há tantas fronteiras assim entre os “rivais fonográficos”. Então vamos à receita indicada por especialistas para consumo de música.
Composição:
• Um tipo físico diferente, não necessariamente bonito (para os homens)
• Um tipo físico com glúteos avantajados e pouca massa encefálica (para as mulheres)
• Roupas justas sugerindo a observação da genitália (mulheres)
• Roupas justas sem cuecas, mas com algum objeto que aumente o volume do órgão sexual (homens)
Modo de usar:
• Não escute o que o “artista” canta, apenas ocupe os ouvidos com o som (a não ser que a letra sugira que você tire a roupa, simule ato sexual, denigra a imagem de algum grupo social, faça uma franja ridícula ou pratique rituais em cemitérios)
• Não tente encontrar “mensagens” nas letras das canções para tentar impressionar os outros, a não ser que tenha pretensões de se tornar pastor de algum “rebanho” (esta analogia animalesca não foi criação minha, está na Bíblia)
• Pinte em sua farda escolar o nome de seu grupo preferido do momento, com letras coloridas e algum erro ortográfico (ser CDF não combina com nenhuma tribo pop)
Posologia:
• Consuma sem moderação. Ao acordar, ponha no volume máximo a canção mais escrota que tiver em casa. Ouça de manhã, de tarde, de noite, no rádio, no celular, na escola, na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê
Contra-indicações:
• Pessoas muito religiosas podem ter reações devastadoras, como entrar em ônibus coletivos berrando premonições apocalípticas
• Pessoas sem muito cérebro podem realmente obedecer a letra e tirar a roupa em público
• Pessoas podem dedicar às suas mães músicas de cunho sexual disfarçado com metáforas idiotas
P. S.: Se a letra diz para você se matar, não seja idiota, não obedeça. E não dê muito crédito a textos que fazem críticas ao seu comportamento estranho, afinal, a porra da vida é sua. Som na caixa!

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